sábado, 7 de maio de 2011

Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisa. Ele não faz muito pela minha angústia existencial, até por não saber. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: me deixar leve.
Ai voce se pergunta: Te faz se sentir leve como?! Sabe rir mole de bobeira? Sabe dançar idiota de alegria? Sabe dormir gemendo de saudade? Sabe tomar banho sorrindo para a sua pele? Sabe cantar bem alto para o mundo entender? Sabe se achar bonita mesmo de pijama e olheiras? Sabe ter fome de mundo segundos depois de falar com ele? Sabe não aguentar? Sabe sobrevoar o frio, o cinza, os medos, os erros e tudo que pode dar errado? É ele me faz sentir tudo isso de um jeito “leve”.
Ele é um cara que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Mas ainda assim eu o amo tanto.
E ama-lo não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se ele nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu o anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto ele falha, o quanto ele fraqueja, o quanto ele se engana. E fazendo isso, eu só consigo ama-lo mais ainda. Ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa.
E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado..

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